994 resultados para Aves Comportamento


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Mudanas de nicho entre ilhas e continente, ou entre diferentes ilhas, incluem expanses de habitat e faixas mais amplas de estratos verticais de forrageamento. Organismos esto geralmente aptos a explorar apenas uma poro dos recursos que se encontra disponvel no ambiente. A maneira como partilham esses recursos, alm de definir seu nicho ecolgico, pode indicar como as interaes entre as espcies influenciam na estrutura da comunidade. Estas espcies, por sua vez, encontram-se associadas por suas relaes de alimentao. Entre aves, diferentes espcies se associam para explorar recursos alimentares em agregaes como a de espcies que seguem correio de formigas ou em bandos mistos. A associao de aves a bandos mistos tem sido relacionada diminuio da predao e aumento da eficincia do forrageamento. Nesse tipo de associao, as espcies so categorizadas de acordo com a sua frequncia e importncia, e podem contribuir com a formao, coeso e manuteno do bando. O presente estudo teve como objetivo comparar o comportamento de forrageamento de Xiphorhynchus fuscus entre reas de Mata Atlntica de ilha e continente a fim de investigar se existem diferenas em decorrncia do isolamento. Foram realizadas transeces e observado o comportamento de forrageamento da espcie entre reas de ilha e continente adjacente. Os resultados mostram uma diferena nos uso dos estratos verticais entre ilha e continente e entre indivduos forrageando solitrios e em bandos mistos de aves. A maior amplitude dos estratos verticais na ilha e a restrio deles no continente pela espcie, ao forragear solitariamente, indicam um provvel efeito relacionado competio. As diferenas entre o uso dos estratos verticais entre ilha e continente indicam a influncia da composio das espcies em bandos mistos no estrato vertical utilizado por X. fuscus quando associado a estes. A menor adeso de X. fuscus a bandos mistos em ilha indica que a ausncia de espcies de aves consideradas responsveis pela associao das espcies e sua manuteno em bandos mistos seja responsvel pela diferena encontrada em relao ao continente. Portanto, a diferena entre o nmero de espcies entre ilha e continente (com menor nmero na ilha) parece ser preponderante na utilizao dos estratos verticais de forrageamento por X. fuscus estando ele associado a bandos mistos ou no

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A comunicao acstica em beija-flores durante muito tempo foi negligenciada em funo da colorao conspcua que representa uma sofisticada comunicao visual da maioria dos representantes deste grupo. Entretanto, estudos recentes constataram que h indcios de aprendizagem vocal em algumas espcies de Trochilidae. O presente estudo aborda o comportamento vocal do beija-flor Phaethornis superciliosus, espcie abundante na regio amaznica. Esta espcie apresenta como sistema de acasalamento a formao em arena, que consiste na agregao de machos em um pequeno territrio, onde se exibem para outros machos e fmeas, com o intuito de atrair estas ltimas para acasalar. O objetivo geral deste trabalho foi analisar o comportamento vocal de P. superciliosus dispostos em seis arenas no Parque Ecolgico de Gunma, Santa Brbara do Par, 50 km ao norte de Belm, considerando a emisso e estrutura fsica do canto, seu repertrio, a frequncia de emisso ao longo do dia e do ano e a dinmica das arenas. Verificamos que a populao estudada apresenta um repertrio vocal composto de duas notas que so emitidas de maneira alternada. Os cantos dos indivduos analisados apresentaram diferenas significativas entre si considerando os parmetros fsicos do som (frequncias mxima e mnima, durao e intervalo entre as notas e o ritmo de emisso das notas). Esta diferenciao inter-individual pode estar relacionada seleo sexual, na qual o canto pode permitir o reconhecimento individual, sua posio social e seu desempenho para a atrao das fmeas. Constatamos que a atividade vocal mais intensa no segundo semestre, entre junho e novembro, perodo que provavelmente corresponde estao reprodutiva. Realizamos testes de playback, que consistem em reproduzir um som previamente gravado e registrar a resposta provocada em uma das arenas em dois pontos distintos, simulando a entrada de outro indivduo. Constatamos que o som emitido em resposta ao teste diferiu significativamente do canto espontneo em todos os parmetros fsicos analisados. A resposta ao playback mostra que houve uma reduo na faixa de frequncia com que o canto foi emitido e o ritmo de emisso de notas mais rpido. Tais caractersticas do canto podem estarrelacionadas a um comportamento mais agressivo. As arenas so formadas emreas de borda e sempre prximas a igaraps, com o tamanho da rea variando entre 86m<sup>2</sup> e 14m<sup>2</sup>, compostas de dois a quatro indivduos distantes de 7m a 72m entre si. Nossos resultados mostraram que a organizao social da arena deve ser melhor compreendida atravs de estudos mais detalhados sobre o possvel significado que as diferenas individuais no canto podem representar para o estabelecimento da posio hierrquica dos indivduos nas arenas.

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As aves caracterizam-se por serem um grupo de vertebrados muito diverso. Devido a algumas caractersticas de sua biologia, como a capacidade do vo, esse grupo encontrado em praticamente todos os biomas do planeta. O Brasil, por exemplo, possui mais de 1.800 espcies de aves; calculada, na base das colees de J. Natterer, a relao das espcies de mamferos para as de aves seria aproximadamente 1:6. Dessa forma, as pesquisas envolvendo o estudo da biologia comportamental e anatmica, e as relaes ecolgicas das aves com o meio ambiente tornam-se extremamente importantes para a compreenso da Biologia. Porm, esse estudo normalmente se retm ao grupo restrito dos pesquisadores, e pouco se propaga e se traduz para os leigos. Existem diversas formas de se realizar essa traduo, e o audiovisual uma ferramenta muito eficaz para realizar isso. A unio do vdeo e da imagem com o som torna a propagao de informaes muito mais dinmica do que produzir algo escrito, ou fotografias, por exemplo. Durante o ano de 2009 diversas filmagens foram realizadas nas cidades de Bauru, Botucatu e So Paulo com a cmera fotogrfica Panasonic Lumix FZ28 e com uma filmadora camcorder Sony. Em seguida, foi realizada a edio de todo material gravado

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O comportamento territorial uma estratgia de monopolizao de recursos quando esses so essenciais para o sucesso reprodutivo de um organismo. Um territrio uma rea de uso exclusivo, defendido contra invasores coespecficos de mesmo sexo, resultante da interao social entre vizinhos. A territorialidade exerce importante papel no sistema reprodutivo de uma espcie, pois influencia a participao do macho na reproduo. Nesses casos, as fmeas podem obter vantagens diretas, como stios de nidificao e cuidado parental. O comportamento territorial tambm exerce influncia na regulao do tamanho populacional atravs de uma relao entre custos e benefcios individuais: em ambientes timos e com alta densidade populacional, os territrios so pequenos com pouca substituio, e jovens machos tm dificuldade para conseguirem estabelecer-se. O presente estudo teve como objetivo investigar aspectos comportamentais do tropeiro-da-serra, espcie rara e endmica de Floresta Atlntica, com distribuio bastante restrita. Ao longo de 18 meses na Ilha Grande (RJ), analisamos seu comportamento territorial, mensuramos os tamanhos de territrios individuais de machos e realizamos estimativas de densidade populacional. O playback foi utilizado para atestar a presena de territorialidade na espcie, para simular a aproximao de coespecficos (interaes intraespecficas) e para induzir o deslocamento dos indivduos at os limites de seus territrios. Para investigar as respostas comportamentais aproximao de invasores, analisamos quantitativamente as reaes dos indivduos a estmulos sonoros (vocalizao espontnea e induzida pelo playback). Os territrios individuais foram definidos em duas estaes reprodutivas atravs do mtodo do Mnimo Polgono Convexo (MPC) em uma rea equivalente a 20ha. A densidade populacional foi definida atravs do nmero de territrios encontrados e pelo nmero de indivduos vistos/ouvidos por unidade de rea atravs de transeces lineares. As vocalizaes espontneas e induzidas ocorreram somente entre os meses de agosto a janeiro, caracterizando uma estao reprodutiva bem definida. Durante este perodo, os machos tornaram-se solitrios e agressivos com coespecficos; na fase no-reprodutiva, entretanto, os indivduos mostram-se sociveis, forrageando em pequenos grupos de at quatro indivduos. Os resultados indicam que o territrio estabelecido para a monopolizao de alimento e acesso s fmeas. Essas observaes sugerem que a espcie estudada territorialista. Foram estimados sete territrios com valores entre 0,21ha e 0,73ha (0,43 + 0,16ha). Os indivduos apresentaram fidelidade territorial, ocupando os mesmos territrios em duas estaes reprodutivas. A densidade populacional de L. lanioides apresentou flutuaes ao longo do ano, com os maiores valores encontrados durante a estao reprodutiva (variando entre 0,37 e 1,84 indivduos/ha). Flutuaes na densidade populacional podem apontar migraes altitudinais motivadas por variaes na disponibilidade de recursos alimentares. Conclumos que o comportamento reprodutivo de L. lanioides no se enquadra no conceito de sistema reprodutivo em leks, conhecido em outros cotingdeos (ex. Lipaugus vociferans), no qual a corte um comportamento social, com disputa por status de dominncia, e o papel do macho resume-se cpula sem benefcios diretos para as fmeas. Dessa forma, os resultados do presente estudo trazem informaes originais sobre a biologia de L. lanioides

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Tm-se notado vrios estudos recentes em filogenia com os Cuculiformes, no entanto nestes trabalhos ainda h divergncias. Apresenta-se aqui uma nova e ampla anlise filogentica para os Cuculiformes com base em 250 caracteres da osteologia, comportamento e ecologia. Esta anlise resultou em 18 cladogramas igualmente parcimoniosos (768 passos, IC = 0.4779, IR = 0.8080 e ICR = 0.3861). de acordo com o cladograma de consenso estrito se pode observar: a) o monofiletismo dos Cuculiformes; b) a ordem dividida em dois grupos: a) Coua/Carpococcyx e; b) demais cucos (Neomorphidae, (Crotophagidae, (Tapera/Dromoccoccyx, (Cuculidae))), no entanto a posio sistemtica de Centropus ambgua entre estes dois grandes grupos; c) os cucos terrestres basais e parafilticos e os cucos arbreos derivados e monofilticos. Ainda, prope-se que o comportamento de parasitar ninho tenha surgido duas vezes independentemente (uma em Tapera/Dromoccoccyx e outra dentro de Cuculidae).

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The foraging behavior of two White-backed stilts (Himantopus melanurus) was studied in a lake at the municipality of Santa Gertrudes, state of So Paulo, Brazil. The foraging strategies observed were classified in two categories: pluging (65.8% of total maneuvers) and pecking (34.3%). Only in 26.8% of the foraging maneuvers the individuals captured preys (72.9% by plunging and 27.1% by pecking). When comparing both strategies, plunging was successful 29.7% of the times, but pecking only 21.2%. At the study site, individuals foraged only up to 20 m away from the lake margin. The foraging area exploited by the White-backed stilts was estimated in about 720 m 2. Foraging activities lasted since before sunrise until after sunset. 2006 Instituto de Cincias Biolgicas - UFMG.

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O joo-porca (Lochmias nematura) uma ave pertencente famlia Furnariidae. Tem colorao predominantemente marrom, com pintas brancas em seu peito e ventre, sua cauda preta e apresenta o superclio branco. Habita a margem de crregos e riachos, evitando reas com maior intensidade de luz. Seu canto um trinado agudo e forte, que tende a suplantar o rudo gerado pela movimentao da gua nesses ambientes. Seu nome popular decorrente de seus hbitos alimentares: caa artrpodes na margem dos corpos dgua e em poas lamacentas e lodosas. Sua dieta e seu comportamento de caa so pouco conhecidos, o que impulsionou a realizao deste estudo. Para tanto realizamos buscas ativas por indivduos desta espcie ao longo de leitos na Serra do Japi, municpio de Jundia, no entorno da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade e no Stio Esperana, municpio de Rio Claro. Estes locais foram escolhidos devido facilidade de deteco da espcie. Para tornar as anotaes em campo mais rpidas foram utilizadas planilhas com os parmetros a serem analisados. Os parmetros analisados foram manobra de captura, manipulao, item alimentar, tamanho em relao ao bicho da ave, distncia da margem ao local de captura, substrato de captura e as caractersticas principais do substrato e do corpo dgua. Somando-se a isso foram levantadas todas as fotografias postadas no site WikiAves (www.wikiaves.com.br) que mostrassem Lochmias nematura com presas em seu bico, obtendo-se uma dieta mais completa. Isto mostrou que a dieta da espcie muito mais diversificada do que o previsto pela literatura aferido atravs da disseco estomacal. Seus principais itens alimentares so aranhas, oligoquetos, decpodes, larvas de tricpteros, larvas de odonatos, colepteros, formigas, girinos e at mesmo anuros adultos... (Resumo completo, clicar acesso eletrnico abaixo)

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Os frugvoros desempenham papel fundamental na manuteno das florestas ao dispersarem as sementes dos frutos que consomem. Dentre as aves tropicais, a famlia Trogonidae uma importante representante de tal relao ecolgica e por serem sensveis a alteraes no ambiente, so bioindicadores da qualidade do habitat. O presente trabalho teve por objetivo descrever o comportamento de forrageamento de Trogon surrucura no Parque Estadual da Cantareira, So Paulo, e registrar e levantar na literatura os itens alimentares consumidos pela espcie. Foi observado que T. surrucura capturou presas preferencialmente em folhas verdes, utilizou-se da manobra investir-pairar na maior parte dos eventos de forrageamento, e no retornou aos poleiros de partida em 92% dos casos. Entre os itens alimentares levantados, os mais registrados foram artrpodes (principalmente insetos da famlia Tettigoniidae e lepidpteros), seguidos de frutos (Eugenia uniflora, Euterpe edulis entre outros), alm de vertebrados (anuros da famlia Hylidae) e flores (do gnero Ipomoea). Como j citado em literatura, a espcie mostrou-se comum na rea de estudo